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O acesso ao crédito para pessoas jurídicas é um tema crucial para o crescimento e a sustentabilidade dos negócios no Brasil. Em um cenário econômico marcado por juros elevados, inflação persistente e desaceleração do crescimento, empresários enfrentam desafios para captar recursos que viabilizem investimentos e o capital de giro.

A busca por crédito empresarial cresceu em 2024, impulsionada pela necessidade de capital para expansão e pela economia ainda aquecida. Segundo levantamento da Serasa Experian, a demanda por crédito aumentou 2,3% no ano passado, com destaque para os grandes negócios, que tiveram alta de 4,8% na procura por recursos financeiros. Contudo, para 2025, a expectativa é de desaceleração: a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revisou a projeção de crescimento do crédito de 9% para 8,5%, refletindo um ambiente de juros elevados e maior cautela das instituições financeiras.

O Banco Central também ajustou sua projeção para o crescimento do estoque de crédito, de 9,6% para 7,7% em 2025, destacando o impacto do ciclo de aperto monetário, com a Selic em 14,25% ao ano. O custo do crédito bancário aumentou, afetando tanto pessoas físicas quanto jurídicas, e as concessões de crédito livre arrefeceram, embora permaneçam em níveis elevados.

O Banco Central tem priorizado iniciativas para melhorar a concessão de crédito, especialmente para micro e pequenas empresas (MPEs) e microempreendedores individuais (MEIs). Entre as medidas em desenvolvimento estão o Open Finance e o uso do Pix como garantia de empréstimos. A portabilidade de crédito, que permitirá às empresas compartilharem seus dados financeiros de forma padronizada, é uma das apostas para ampliar o acesso e a competitividade entre instituições financeiras.

Além disso, o lançamento do Pix Parcelado e do Pix Automático, previstos para 2025, visam facilitar o fluxo de caixa e a gestão financeira das empresas, tornando o crédito mais acessível e eficiente. O Banco Central também trabalha no aprimoramento do Mecanismo Especial de Devolução (MED), para aumentar a recuperação de valores em operações de crédito.

As PMEs enfrentam dificuldades específicas no acesso ao crédito, agravadas pelo cenário de juros altos e maior percepção de risco pelos bancos. A inadimplência dessas empresas tem aumentado, e a oferta de crédito mais arriscado deve diminuir em 2025, segundo a agência Moody’s. O Sebrae tem atuado para mitigar esse problema, planejando viabilizar R$ 10 bilhões em crédito para pequenos negócios por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), além de promover atendimentos e qualificação prévia para facilitar a concessão.

O ambiente de crédito para pessoas jurídicas no Brasil em 2025 é desafiador, com juros elevados e crescimento moderado da carteira de crédito. No entanto, as iniciativas do Banco Central, como o Open Finance e o uso do Pix para operações financeiras, prometem aumentar a transparência, a competição e a oferta de crédito, especialmente para micro e pequenas empresas. Para empresários e gestores financeiros, é fundamental acompanhar essas mudanças, preparar a empresa para apresentar dados financeiros claros e buscar linhas de crédito com garantias e condições ajustadas ao perfil do negócio. O uso de fundos de aval, a qualificação prévia com entidades como o Sebrae e parceiros de soluções de crédito são estratégias recomendadas para ampliar o acesso e reduzir riscos. Assim, é possível transformar o desafio do crédito em uma oportunidade para crescimento sustentável.

 

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